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domingo, 18 de setembro de 2016

Gerativismo


           A linguística, como ocorre com outras ciências, apresenta diferentes escolas teóricas que diferem na sua maneira de compreender o fenômeno da linguagem. Uma dessas teorias é o Gerativismo, que é uma linha de pesquisa que já possui cinquenta anos de plena atividade e produtividade, em que há diversas modificações a fim de elaborar um modelo teórico formal, inspirado na matemática, capaz de descrever e explicar abstratamente o que é e como funciona a linguagem humana. A linguística gerativa – ou gerativismo, ou ainda gramática gerativa – é uma corrente de estudos da ciência da linguagem que teve início nos Estados Unidos e vem em resposta ao behaviorismo ao dizer que todos os seres humanos já nascem com a capacidade mental para aquisição da linguagem, e não adquirida apenas da interação. "Em outras palavras, a língua, que é inata ao homem, e portanto, interna, 'geraria' as expressões da linguagem. Daí o termo 'gramática gerativa'" (MURAD, 2011).
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O autor principal Noam Chomsky, um norte-americano, filósofo, ativista político, professor de linguística do Instituto de Tecnologia de Massachussets, na década de 50, apresentou a Teoria Gerativista e ao publicar sua obra, intitulada, Estruturas Sintáticas deu início ao que se chamou de Linguística Gerativista, sendo considerada como o seu nascimento.
Uma das características da teoria Gerativa é a investigação do conhecimento linguístico do falante nativo; descrever esse conhecimento em termos de regras que compõem a gramática da língua não basta, é necessário, também, explicar a maneira como esse conhecimento é adquirido. A mesma estabelece dois tipos de gramáticas: a universal, que seria o estado inicial da linguagem, que capacitaria qualquer criança a adquirir qualquer língua contanto que seja exposta a ela. E a particular, correspondente a características próprias de cada língua. As duas estão diretamente ligadas.
Outra observação que precisa ser feita é a de que esse conhecimento linguístico que nós temos, tem natureza diferente da de nossa habilidade linguística. Essa distinção é a base que se faz entre competência, o conhecimento que temos de nossa língua materna, e desempenho, nossa habilidade no uso concreto da língua, nas mais variadas situações de fala.

REFERÊNCIAS
MURAD, Carla R. Rachid Otávio. O funcionalismo e o gerativismo: principais características e expoentes. Núcleos. v.8, n.2, out.2011.


KENEDY, E. Gerativismo. In: Mário Eduardo Toscano Martelotta. (Org.). In.: Manual de lingüística. São Paulo: Contexto, 2008, v. 1, p. 127-140.  


FIORIN, José Luiz et al. Introdução à linguística: I. Objetos teóricos. 6. ed. São Paulo: Editora Contexto, 2012. 228 p.


CHOMSKY, Noam. Sintact Structures. The Hague: Mouton, 1957. Aspects of theory of syntax, Cambridge: MIT Press, 1965.
Comentários
1 Comentários

Um comentário:

  1. Tenho algumas questões para vocês:
    O Gerativismo surge em oposição ao Behaviorismo, mas o que isso significa?
    Todo linguista gerativista concorda com Chomsky?
    Qual o papel do linguista nessa abordagem?

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