
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
Linguística Textual
Definição:
A Linguística textual
é um objeto de investigação não sendo apenas uma palavra isolada, mas um texto
de manifestação da linguagem. A diferença entre texto e linguística textual não
é apenas quantitativa, mas qualitativa, pois enfatizam estruturas utilizadas na
constituição de textos. A linguística apresenta vertentes que diferem de coesão
textual, tais como: informatividade, intertextualidade e situacionalidade.
Objetivos principais:
- Observar o funcionamento da língua em uso;
- Se preocupa com os processos sociocognitivos;
- Dedica-se a eventos dinâmicos da língua, como por exemplo, diferença entre os gêneros, aspecto social...
A Linguística Textual começou a
desenvolver-se na década de 60 através de autores como Roland Harweg, Harald
Weinrich, Wunderlich, Siegfried J . Schmidt, Elisabeth Gülich, Beaugrande &
Dressler e também no Brasil. As pesquisas sobre coesão e coerência textuais
tiveram grande desenvolvimento, frutificando em uma série de obras sobre o
assunto. Podem-se mencionar, entre muitos outros, os trabalhos de Marcuschi
(1983), Koch (1987,1989, 1992); Koch & Travaglia (1989, 1990); Favero
(1991) e Bastos (1985). Construindo um
novo ramo de estudo da Linguística na Europa, principalmente, na Alemanha.
Seu objetivo de estudo tem como
unidade básica, investigar não mais a palavra ou a frase, mas sim o texto, por
serem os textos a forma específica e contextual de manifestação da linguagem.
Nessa perspectiva esse tema de estudo ultrapassa os limites da frase e entende
a linguagem como interação de todos os elementos textuais, para a compreensão e
estruturalização de um texto. Assim, justifica-se a necessidade de descrever e
explicar a língua dentro de um contexto, considerando suas condições de uso.
Podemos então exemplificar a partir
da forma da construção de um texto. Uma dissertação argumentativa do ENEM exige
as seguintes exigências para uma boa nota e exata construção da redação:
introdução apresentando o tema, tese, desenvolvimento comprovando o ponto de
vista da ideia principal, proposta intervenção e conclusão. Não se pode redigir
um texto sem que haja um contexto, continuidade, coerência, coesão, pois
deve-se seguir uma estrutura para que não só esteja bem escrito como também bem
estruturado diante de um tipo específico de texto.
Tem-se também como exemplo, cartas,
narrativas, textos metalinguísticos, artigos científicos etc, todos eles
precisam seguir um tipo de lógica estrutural para correta transmissão de conhecimento e, consequentemente, uma boa
assimilação feita pelos leitores.
Principais autores da linguística
textual
Roland Harweg - Para Harweg, um dos pioneiros da Linguística Textual na
Alemanha, o texto é "uma sucessão de unidades linguísticas constituída por
uma cadeia de pronominalizações ininterruptas". No interior dessa
concepção, portanto, o texto é uma sequência de frases que constitui um texto,
o qual, é necessário que os mesmos referentes sejam retomados em cada uma delas
por meio das diversas formas de substituição, como os vários tipos de pronomes,
as expressões nominais definidas etc.
Siegfried J . Schmidt - Para Schmidt (1973, entre outros), o texto é qualquer
expressão de um conjunto linguístico em um ato mais global de comunicação. Para
ele, a textualidade é o modo de toda e qualquer comunicação transmitida por
sinais, inclusive os linguísticos. Esta posição o leva a preferir a denominação
Teoria do Texto. O autor dedica-se a um estudo predominantemente sociológico -
embora também linguístico, em sentido amplo - do objeto "texto".
Beaugrande & Dressler – Na sua obra procedem ao levantamento
do que denominam critérios ou padrões de textualidade, que, segundo eles,
seriam: coesão e coerência (centrados no texto); informatividade, situacionalidade,
intertextualidade, intencionalidade e aceitabilidade (centrados no usuário). A
obra é dedicada ao exame de cada um desses critérios, bem como ao estudo do
processamento cognitivo do texto, tomando por base os pressupostos da semântica
procedural. A maioria dos trabalhos posteriores na disciplina incorpora essas
questões, inclusive alargando o rol dos fatores de textualidade e dedicando
especial atenção à questão da coerência.
“[...] Para Weinrich,
o texto é, pois um andaime de determinações onde tudo se encontra interligado” (pág. 60 )
...Schimidt – para quem o texto é “qualquer expressão de um
conjunto linguístico num ato de comunicação – num âmbito de um jogo de um jogo
de atuação comunicativa” (pág. 60).
Referências:
LIMA, Manoel Nilson. Linguística textual e seus avanços. Disponível em: <www.webartigos.com/artigos/linguistica-textual-e-seus-avancos/16368/#ixzz4KEQtqRqe>.
Acesso em 13 de setembro de 2016.
SAMPAIO, Rodrigo. Breve
concepção sobre linguística textual e cntexto. Disponível em: <https://encontreumconto.wordpress.com/2011/10/25/breve-concepcao-sobre-linguistica-textual-texto-e-contexto/ >. Acesso em 13 de setembro de 2016.
MAYA, Ana Laura. Fichamento do texto
– o que é linguística textual. Disponível em: <http://laurabiologia.blogs.sapo.pt/2630.html>. Acesso em 13 de setembro de 2016.


Assinar:
Postar comentários (Atom)
Tenho uma dúvida:
ResponderExcluirEssa abordagem se difere bastante das demais, mas como é entendido o texto nela?